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sexta-feira, 13 de junho de 2008



O que é a arte, atualmente, senão uma serviçal dos interesses econômicos? Sua função curial é servir à necessidade do espírito humano, e não aos interesses de mercado. Essa é a arte ideal que Schiller e Adorno se referiram. Da forma como está, não passa de meros negócios, como qualquer outro, vendendo valores dominantes do capitalismo. Ora, cadê a arte como fenômeno social? Cadê a expressão singela e criativa da sensibilidade humana? O artista é um ser social. E como ser social, o artista reflete na obra de arte sua maneira própria de sentir o mundo em que vive, as alegrias e angústias, os problemas e as esperanças de seu momento histórico.

Rafael Augustaitiz apresentou a melhor obra de arte que o Centro Universitário de Belas Artes poderia esperar de seus alunos formandos. Fez uma intervenção que discutiu os limites da arte e o próprio conceito de arte. Longe de incentivar atos como esse, mas o conceito de arte estava passando da hora de ser revisto. Rafael fez um favor para a cultura, demasiadamente colonizada pelo mercado de consumo.